Antes da Pandemia de corona vírus uma campanha havia começado e se fortaleceu. Apoiar comércio e empreendedores locais virou uma bandeira entre vários círculos sociais. Da mesma forma cresceu a quantidade de “memes” irônicos sobre expectativa e a realidade da experiência de ser atendido localmente. Preço, falta de simpatia, falta de educação e despreparo foram os temas mais abordados.
Infelizmente é uma realidade muito presente. A necessidade de empreender e a vontade de ganhar dinheiro por conta própria para substituir um emprego mal remunerado, eliminam etapas importantes da caminhada empreendedora. Finanças, gestão e marketing estão dentre os temas mais frágeis na bagagem de muitos que se arriscaram profissionalmente. O resultado? Deficiências que custam caro à rotina do negócio e desqualificam o atendimento ao cliente!
Um dia desses fui até uma farmácia próxima à minha casa. Ela não faz parte de grandes redes. Só naquele endereço são 10 anos de residência. Outros 5 anos em ponto próximo no mesmo bairro. 80% da clientela é de pessoas com mais de 50 anos e o restante é de passantes. O ponto comercial ferve durante seis dias da semana. O dono e uma funcionária se revezam no atendimento deste expediente. Caso de sucesso? Até agora sim, mas até quando?
Eu já havia estado ali numa outra oportunidade procurando um item que precisava com urgência. Encontrei, mas não tive tempo de avaliar o atendimento e a capacidade empreendedora do proprietário. Na segunda vez resolvi comprar com calma e levar 3 itens do mesmo produto. A intenção era tentar estabelecer uma conexão com o empreendimento e me tornar um cliente assíduo.
Entrei, cumprimentei e perguntei pelos itens de que precisava. Sem sair do lugar o atendente aponta para o local mais distante em relação aonde eu estava. Não ofereceu ajuda para que a localização fosse facilitada, mas ficou fiscalizando para ver se eu não ia tentar furtar alguma coisa. Assim que encontrei o que procurava me dirigi ao balcão. De forma seca ele somou e falou apenas o valor total a pagar. Tentei uma brincadeira para quebrar o gelo (ele é quem deveria ter feito isso), mas nem um músculo da face dele se mexeu.
Além da sensação de não ser bem vindo, ficou o sentimento de prejuízo financeiro. Com mais R$ 3,00 de investimento eu teria comprado 4 unidades do mesmo item numa grande concorrente! O rapaz colocou os itens com má vontade numa sacola, me entregou e nada falou. Saí dali com a certeza de que aquele comércio não dura mais 10 anos. De onde tirei tanta certeza? Da verdade que a vida nos apresenta!
Relembre comigo: os grandes engolem os pequenos desde que o mundo é mundo; tecnologia e inovação ganham espaço a cada dia; preço aliado à qualidade é sempre importante; bom atendimento leva vantagem em cima do “feijão com arroz”; relacionamento substituiu as técnicas em vendas. A farmácia do meu bairro está na contramão de tudo isso. Como ele vai competir contra todos os gigantes que o cercam?
Com o envelhecimento da clientela atual e a falta de vontade para renovar sua base, quem vai alimentar o caixa da empresa? Adicione aí a pressão da inflação que aumenta valores em tudo que o cliente precisa para viver e o futuro está traçado. Contra fatos não há argumentos! Ninguém topa pagar mais caro por ume experiência ruim. Não é o cliente quem vai pegar um negócio pelas mãos para ensinar a caminhar e leva-lo adiante! Está missão é do proprietário e de sua equipe!
Não adianta fazer campanhas para o cliente investir no comércio local. Precisamos primeiro saber se o atendimento local dá conta de cumprir com as expectativas do público! O governo poderia ajudar, incentivar! Mas se dirigimos nossas vidas e negócios esperando que o outro faça sua parte, nunca chegaremos onde queremos! Compromisso e foco com o negócio são vitais para a existência e perenidade de tudo! Você é o comandante que levará os resultados para o topo!
Honre sua patente e supere as expectativas de todos! Se precisar de ajuda a ARTE DE BEM ATENDER estará por aqui!!! Até a próxima!!!
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